Video-presentación dunha das exposicións que estiveron este verán na
XXVII edición do
Festival de Poesía do Condado.
"Tornar visível o invisível.
Existir. E resistir.
Eis a grande luita das mulheres durante séculos.
E aquí seguimos.
As imagens da fotojornalista Sílvia Mella nom presentam guerreiras espartanas num campo de batalha. Nom há planos angulosos e perspectivas enaltecedoras. Nom há fantasia nem fogos de artifício. Também nom há supermodelos vestindo últimas tendências. Nem superwomans felizes com um trabalho assalariado estimulante, fogar brilhante e crianças a surrir.
Mas há grandes batalhas nestas fotografias.
Luitas a vida ou morte. Resistências violentas.
As corajosas Rosa Parks ou Rosalia de Castro, Ulrike Meinhof, Pepa a Loba, todas as Maruxas do mundo. Estas som as indígenas de Galiza e Portugal.
A descripçom é duríssima. Realista. Algumhas vezes atopamos tam só os espaços. Inquietantes sombras das pegadas de todas as mulheres que passarom silenciosas.
A nai. O riso. O aguante. As armas.
Estám representadas diferentes idades, raparigas e velhas partilham trincheira. Mas a soidade é umha constante. Terrivelmente presente. Como a ferida que o patriarcado desgarra entre umhas e outras.
Silvia consegue de maneira nítida desenhar um campo de batalha desgarrador e universal. Desde o próximo. Desde a empatia conseguiu fixar a sua olhada em situaçons invisíveis ao objectivo hegemónico. E nom fixo falta ir a Nicaragua ou ao Congo para retratar mulheres em luita.
A câmara sitúa-se à distáncia exacta da retratada. Com imenso respeito. Guardando o anonimato, permitindo que fossem umha representaçom de todas as Maris deste lugar no mundo. Com comprensom. Sabendo-se mais umha. Algumhas destas mulheres estavam preocupadas no momento em que ela dispara. Algumhas estavam com pressa. Outras com impotência. Outras com alegria. Há quem estava coa regla. Há quem estava apaixonada."
